Terminei. Desde de quando me deparei com os primeiros textos de jornalistas que escreviam inspirados pela pena de um estilo chamado nos anos 60 de jornalismo literário - ou newjornalism, como era chamado nos EUA, de onde veio - que a identificação foi imediata. Sim, eu terminei a última página de uma das bíblias deste estilo tão esquecido hoje, tanto pelos editores quanto pelos próprios jornalistas. Trata-se de Fama&Anonimato, do jornalista estadunidense Gay Talese. É realmente um banho de como se deve escrever sobre qualquer assunto. Não vou explicar e nem debater o livro, o autor ou seu estilo (ou nosso, se me permitem!). Vou dizer que os dois anos que venho vivendo em redações de televisão, ajudando a fazer um telejornalismo que cada dia mais vomita informações pouco trabalhadas e pouquíssimo originais no colo de telespectadores, não me afastei um milímetro se quer do que acredito ser um bom jornalismo. Refiro-me àquele jornalismo que manda às favas o tempo, a velocidade da apuração (apuração veloz (?), que paradoxo incomodo), as entrevistas feita por telefones, as pautas "compradas" das assessorias etc.
Vida longa ao Jornalismo Literário, aquele que faz o repórter sujar os sapatos e suar (literalmente) a camisa, bem longe dos ares condicionados das redações.
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